quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sexagem fetal, contribuição à equinocultura



Genetic Jump - Haras Santa Maria Rodovia Gladys Bernardes Minhoto (Antiga estrada à Tatuí), Km 73
Caixa Postal 147, Itapetininga, SP / Brasil - CEP 18.200-970
(55 xx 15) 3272 6874 / 3272 9925 / 7835 8809 / 7835 8815 / 7835 8808
Estrutura
Instalações
A Genetic Jump conta com 127 hectares de topografia extremamente plana e terra de ótima qualidade. Destes, 40 hectares são divididos em 50 piquetes, com pastos de Tifton, Coast-Cross e Jiggs. Os 56 hectares restantes são destinados à produção de feno e alimento para os animais.
Nossa estrutura é composta por três pavilhões de cocheiras, com 44 boxes de 20 metros quadrados cada um. Todas as atividades veterinárias são realizadas num galpão de 400 m², o qual inclui sala de colheita de embriões, sala de colheita de sêmen, laboratório, farmácia, escritório informatizado, e boxes para isolamento e recuperação de animais enfermos.

Vista aérea do Haras Santa Maria


Dr. Mário C. G. Duarte:
Formado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Londrina em 1989. Vem desde então, especializando-se no trabalho com eqüinos. Fez dois anos de Residência em Cirurgia de Grandes Animais na Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus de Botucatu. Trabalha com reprodução desde 1992, especializado em ultra-sonografia e sexagem fetal.
Dra. Marilia Pastorello Duarte:
Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus de Botucatu, em 1994. Desde então, trabalha exclusivamente com reprodução eqüina. Especializada em Inseminação Artificial com endoscópio e em Transferência de Embriões, vem obtendo excelentes resultados, todos eles publicados em congressos e reuniões científicas.

A identificação do sexo fetal na espécie equina apresenta diversos desafios, como a dificuldade em se localizar o tubérculo genital, a grande quantidade de líquido alantoidiano, a ampla movimentação fetal e o cordão umbilical bastante longo. A reunião desses fatores torna a identificação do sexo fetal extremamente difícil aos 60 dias de gestação, particularmente naquelas éguas de porte avantajado. Recentemente, resultados promissores têm sido conseguidos com a avaliação ultrassonográfica da gônada e da genitália externa do feto, entre 110 a 150 dias de gestação. Nesta idade, torna-se possível a visualização da diferença entre o macho (testículo, pênis e prepúcio), e a fêmea (ovário, tetos e clítoris). No entanto, apesar da elevada acurácia obtida em trabalhos já descritos, relata-se uma elevada dificuldade ao exame de gestações de éguas de grande porte. O objetivo deste resumo é relatar a utilização da técnica em questão em fêmeas de elevada estatura e grande constituição física.
Relato: Os procedimentos foram realizados no período de Junho a Julho de 2009, em sete éguas, sendo quatro da raça Brasileiro de Hipismo, duas mestiças Lusitanas (receptoras) e uma Puro Sangue Inglês. As éguas possuíam em média 550 kg de peso e 1,65 cm de altura de cernelha. As avaliações ultrassonográficas foram realizadas ao redor dos 119 dias de gestação com um transdutor linear de 5 MHz. A caracterização de feto fêmea deu-se com a identificação de ovário, tetos e clitóris e os fetos machos com observação de testículos, pênis e prepúcio.
Resultados: A porcentagem de acerto foi analisada após o nascimento dos sete produtos. Apenas um diagnóstico foi equivocado, sendo o nascimento de sexo oposto (macho) o detectado no diagnóstico de sexagem feito anteriormente (fêmea). O índice de acerto nestas fêmeas de grandes proporções foi de 86%.
Discussão: A porcentagem de acerto obtida no presente trabalho, quando comparada à descrita por outros autores (85 - 99% de acurácia), apresentou-se no limite inferior, porém dentro dos valores de acertos previamente relatados. Este fato pode ser explicado devido às éguas que foram submetidas ao exame serem de raças de tamanho exageradamente grande. Esta variação também foi observado por Carmo et al., (2007), o qual ao comparar as porcentagens de acertos de animais de raças de porte médio (por exemplo, quarto de milha) e animais de raças maiores (Brasileiro de Hipismo, Puro Sangue Inglês), houve uma diferença de 100% a 84% de acurácia respectivamente. Nestes animais maiores há considerável dificuldade em se alcançar o útero gravídico, fazendo com que se tenha maior dificuldade na realização da técnica.
Conclusão: A técnica de avaliação da gônada fetal e suas estruturas adjacentes pela ultrassonografia aos 110 - 140 dias de gestação têm trazido resultados promissores e uma enorme contribuição à equinocultura. É importante ressaltar que quando se trata de animais de porte avantajado, a porcentagem de acerto poderá se apresentar em seu limite inferior, mas ainda assim dentro de limites aceitáveis.fonte/ Roberta G. Gomes1*; Renato Zanin2; Marcelo Marcondes Seneda1
*garbelinirg@uel.br
1- Professor(a) do Departamento de Clínicas Veterinárias - CCA/UEL, Londrina/PR
2- Médico veterinário Agropecuária Laffranchi (UNOPAR)

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